Este fim de semana experimentei dois jogos da Fantasy Flight Games, o Blue Moon City, que foi um dos nomeados para o Spiel de Jahres deste ano, e o Citadels, que foi jogo do ano de 2000.

Os dois jogos têm algumas caracteristicas em comum: ambos são fáceis de explicar, ambos podem ser jogados com apenas 2 jogadores e os dois têm 7.4 de pontuação no Boardgamegeek.

A noite começou com dois jogos de Blue Moon City.

A história do jogo começa onde acabou a história do jogo de cartas "Blue Moon", após a guerra pelo poder e afastados os lideres beligerantes, é necessário reconstruir a cidade de "Blue Moon". Para isso, as raças unem-se de forma a ajudar na construção dos 21 edifícios da cidade e contribuir para o cristal que irá decidir o novo lider.

Este jogo tem um tabuleiro "dinâmico", onde os 21 edifícios são colocadas à volta de uma peça central, o cristal. Os edíficios têm dois lados, o projecto (que inicialmente se encontra virado para cima) e o edificio contruido (que é virado quando o projecto estiver completo)

Cada jogados têm um peão, que começa na casa do cristal, e 10 marcadores, que permitem marcar as "ajudas" feitas para a construção do edifício e as "contribuições" para o cristal. Os jogadores movimentam-se sobre o tabuleiro, utilizando as cartas das diferentes raças que têm na mão para contribuirem para a construção dos edificios, o que lhes permite ganhar cristais para "gastarem" em contribuições para o Cristal.

Ganha quem fizer n contribuições para o cristal (sendo que n varia conforme o número de jogadores).

Adicionalmente existem os dragões que podem ser colocados em jogo através de cartas descartadas. Estes dragões oferencem escamas aos jogadores que são convertidas em cristais sempre que o suprimento de escamas acaba.

As cartas das raças podem ter poderes especiais que permitem aos jogadores movimentarem-se para qualquer posição do tabuleiro, colocar dragões em jogo, etc...

Sendo um jogo do Reiner Knizia, é um jogo que não se atinge logo à primeira. As implicações e pormenores da mecanica de jogo deixam sempre vontade de voltar a jogar para testar novas técnicas. O mais interessante é tentar perceber qual vai ser a evolução das contribuições dos outros jogadores no sentido de maximizar as nossas próprias. O jogo é bastante rápido e a corrida para o final frenética, pois os jogadores acabam todos muito próximos uns dos outros.

Um jogo que recomendo vivamente!

Depois das duas sessões de "Blue Moon City", testamos o Citadels. O Citadels é um jogo que já existe há algum tempo, mas que só agora com a sua reedição lhe consegui "deitar a mão".

A ideia do Citadels é construir uma cidade com 8 distritos, utilizando as capacidades de cada uma das personagens disponíveis (assassino, ladrão, mágico, rei, bispo, mercador, arquitecto e senhor da guerra). Cada jogar escolhe uma personagem (sendo que para 4 jogadores uma é escondida e duas descartadas) e no seu turno tem hipotese de ir buscar ouro ou distritos para a mão, construir um distrito e usar o "poder" da personagem que pode passar por assassinar outro personagem, roubar, trocar a mão ou ganhar ouro com os distritos.

Novamente, o jogo é bastante dinâmico e divertido, embora não revele a mesma profundidade que o "blue moon city". Existe uma expansão, o "Dark City", que ainda não experimentei e que pode ser que dê uma maior profundidade ao tema!