Kingdom Builder

Em Kingdom Builder o reino constroi-se sobre o tabuleiro com toda a envolvência que esta obra traz consigo, repleta de diferentes caraterísticas que prolongam o jogo sobremaneira.



Editado em 2011 e saído da mente de Donald X. Vaccarino, Kingdom Builder é um jogo para 2 a 4 pessoas. Diria que é um worker placement se não fosse pelo facto de não estarmos a colocar peões mas sim casas. Em verdade, o jogador limita-se praticamente à colocação de casas no tabuleiro. A classificação mais consensual é de area control e network building, que também se coadunam com o desenrolar dos acontecimentos.

Kingdom Builder é um jogo muito simples de jogar e, surpreendentemente rápido. São apontados 45 minutos de duração em média por jogo, mas parece-me que tenho concluído em menos tempo as partidas realizadas.
Existem cinco terrenos passíveis de construção: bosque, campo de flores, relva, desfiladeiro, e deserto (existem cartas destes terrenos para jogar).
Existem dois terrenos que não é permitido construir: rios e montanhas.
Existem ainda castelos e localizações diversas, já prédefinidas no tabuleiro, onde também não é permitido construir.
É de salientar que o jogo vem com oito grandes secções de tabuleiro. Para jogar, seleciona-se quatro e junta-se as partes de modo a formar o tabuleiro de jogo. Cada secção tem uma localização específica já desenhada, e assim das oito diferentes localizações existentes no jogo, pode-se jogar com quatro de cada vez.
Existem várias cartas de objetivos. Em cada jogo seleciona-se apenas três, que são colocadas junto ao tabuleiro para todos verem.

Algumas peças de localização
Cada jogador principia com uma carta de terreno e 40 casas da sua cor. Na sua vez, mostra a carta e coloca três casas da sua cor no tabuleiro no terreno indicado pela carta. As três casas devem ser colocadas em casas adjacentes entre si.
Se houver um terreno desse tipo em que já exista pelo menos uma casa do jogador, as três casas deverão ser colocadas nas casas adjacentes.
No final o jogador volta a pegar do monte uma nova carta de terreno, que guarda até ao próximo turno.
O jogo acaba assim que um jogador tiver colocado no tabuleiro a sua última casa. Verifica-se assim que tudo se encaminha para uma frenética corrida, onde cada jogador tenta colocar as suas casas em jogo mais rápido do que os outros, pois a quantidade no final faz diferença.

No fim do jogo vence quem tiver mais pontos.
Os pontos são atribuídos somente no final consoante o sucesso na realização dos objetivos ditados nas três cartas expostas desde o início do jogo.
Além destes três objetivos, ainda são facultados pontos pelos castelos. Cada castelo que tenha num espaço adjacente pelo menos uma povoação/casa do jogador, dará três pontos.

Contudo, o jogo vive muito de uma abordagem tática, com reminescência estratégica nos objetivos que se tem em vista, ao procurar dar prioridade no seu cumprimento. Para orientar o jogo há sempre a dependência do ditame das cartas de terreno, apesar de haver alguns mecanismos que permitem contrariar a teimosia que eventualmente a aleatoriedade vá ditando.
Há que pensar aquando da colocação das peças, pois o espaço ao lado pode fazer a diferença. A ronda é vasta e até chegar à nossa vez os adversários podem alterar por completo o panorama que se apresentava pouco antes.


Gostei do jogo. Não é um dos meus preferidos pois sinto-me algo acorrentado. Talvez a comparação a outros jogos de colocação de peças me torne apreensivo, mas ao recordar por exemplo Jerusalem, sinto que havia maior liberdade nesse jogo, à parte as diferenças.
A parricida da minha filha arrebatou os jogos todos até agora. Claro está que adora o filme. A patroa também não o desdenha, apesar de ver a galvanizada descendente a passear por cima de si enquanto bamboleia num perfeito desnorte. Chiça para os putos de hoje!
É um jogo que merece ser experimentado e ver testadas as diversas vertentes que oferece. Quanto ao resto, cabe a cada um decidir. Cá por casa estamos divididos. E vocês por aí?
Eu dou 15 em 20. (por mim levava menos, mas a pequena não deixa :) )

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- 2185 leituras
Kingdom Builder
em Terça, 30/09/2014 - 22:47
Outra review para a coletânea. Desfrutem. :)
Mto bom
em Terça, 30/09/2014 - 23:57
Muito bom review!
Já ouvi de tudo quanto ao jogo, há quem o deteste, há quem o adore... e os assim-assim, como me parece que é o teu caso. Já estive tentado a comprá-lo imensas vezes, mas as opiniões são tão variadas, que acabo por investir o meu dinheiro noutros jogos.
Parece que a indecisão se ira manter por uns tempos... até ao dia xD
Bom artigo Joca!
Kingdom Builder
em Quarta, 01/10/2014 - 08:46
Excelente Review
Gosto muito deste jogo, é dos mais jogados da minha colecção. Ideal para um jogador ocasional, porque é simples, rápido e com um design muito apelativo. Não podemos esperar do Kingdom Builder um jogo com muita estratégia, mas preenche bem os 30-45m de jogo. Muitas pessoas não gostam do jogo, o que é normal, a razão será a simplicidade da mecânica (tirar carta e colocar 3 peças no mapa), não me incomodo muito com isso até porque acho que devemos jogar um pouco de tudo.
Cumprimentos
Luis
por experimentar...
em Quarta, 01/10/2014 - 08:56
Este é daqueles jogos que ando há muito para experimentar embora nunca me tenha verdadeiramente esforçado para que tal acontecesse. Enfim, gostava de o experimentar mas também não faço muita questão. Irei continuar a esperar que a oportunidade para o experimentar aconteça. Se assim for, lá estarei!
P.S. - Obrigado por mais esta review